19 Jun Festival Sete Sóis Sete Luas – Programação multidisciplinar e diversificada traz a Pombal os sons e as tradições do Mediterrâneo e da Lusofonia
Pombal é novamente palco de mais uma edição do Festival Sete Sóis Sete Luas, que nos traz este ano uma programação rica, diversificada e multidisciplinar.
Na edição deste ano, o público poderá apreciar as notas musicais do Sul de Itália, com a atuação de Mimmo Epifani, ou sentir a paixão contida no flamenco de Juan Pinilla, de Espanha, mas também poderá apreciar as cores do street artist italiano Eron.
Uma proposta cultural que não se esgota aí, e que oferecerá ao pombalenses a oportunidade de se pode enredar nas tramas do circo acrobático de Les P’tits Brás, de França, que trará a Pombal o espetáculo Triplette, ou maravilhar-se com os efeitos pirotécnicos do teatro de rua da companhia francesa Karnavires. Uma programação de qualidade e repleta de grandes artistas.
A edição deste ano abre oficialmente no dia 23 de Junho, às 21h30, na Praça Marquês de Pombal, onde estará Mimmo Epifani, um virtuoso executante do bandolim, considerado pela crítica um dos melhores artistas da música popular do sul da Itália, pelas suas improvisações com o bandolim e pelas originais técnicas da mandola alla barbiere, técnica que recebeu este nome porque era ensinada numa barbearia da cidade de San Vito dei Normanni.
A musicalidade instintiva e profunda de Mimmo, ligada a raízes antigas, torna este músico num artista de nível internacional e de referência para outros músicos de todo o Mediterrâneo. Mimmo colaborou com grandes artistas como Massimo Ranieri, Eugenio Bennato, Antonio Infantino, Ambrogio Sparagna, Avion Travel. Nos últimos anos é um dos protagonistas mais importantes da Notte della Taranta, o grande Festival dedicado à música do Salento.
Na quinta-feira, 28 de Junho, será a magia do circo acrobático dos Le P’tits Brás a contagiar a noite de Pombal, com o espetáculo Triplette, um tributo emocionante e pouco habitual aos loucos anos do circo, os anos 30 do século XX.
Aproveitando uma estrutura daquela época, os três acrobatas apresentam propostas com números de circo incríveis. Uma coreografia cheia de paixão e acrobacias, que os esgota após o segundo minuto… num trapézio suspenso a sete metros do chão, uma inacreditável execução num quadro coreano, um número acrobático vertiginoso onde a habilidade, a nostalgia, o amor e a ternura são de tirar o fôlego.
E as emoções continuam na sexta, dia 29 de junho, com NUIT DE LUMIÈRE da companhia francesa Karnavires, um espetáculo sobre a história fascinante e inigualável de iluminadores e domadores de fogo. Esta performance, cheia de pirotecnia e de grandes máquinas cénicas com uso de fogo, transportará o público numa viagem mágica de imagens, que transforma de imediato o espaço e o tempo.
Nela, as ruas e as calçadas ardem com uma energia contagiante. Os Iluminadores, personagens extraordinárias, organizaram esta apoteose de faíscas como um sugestivo cabaré que subirá para as estrelas.
No domingo, 1 de julho, sobe ao palco uma das figuras mais relevantes do flamenco andaluz, Juan Pinilla, com um espetáculo que envolve históricos cantores e famosos músicos de Granada.
Juan Pinilla tornou-se conhecido ao ganhar o primeiro prémio no XLIV Concurso Nacional del Cante de las Minas de la Unión (Múrcia, 2004), o mais importante prémio no mundo do canto flamenco, tendo já acuado em vários países, como Alemanha, Áustria, República Checa ou Marrocos, e em festivais e peñas flamencas de Granada, Málaga, Córdoba, Almería, Madrid, Barcelona, Múrcia e Sevilha.
A fechar a edição 2018, na quinta-feira, dia 9 de Agosto, uma produção original do Festival Sete Sóis Sete Luas, Les Voix du 7Sóis, resultante do trabalho conjunto de 5 músicos provenientes das várias margens do Mare Nostrum e dos mundos lusófono e francófono: o oud e o violino de El Wafir, do norte de África (fundador do histórico grupo Rádio Tarifa); a voz de Éden Holan, de Israel; as percussões, a voz e a guitarra de Kafmaron, da ilha da Reunião; as tammorre (percussões da região de Nápoles) e a voz de Valentina Ferraiuolo, do sul da Itália; e a voz e o contrabaixo de Sofia Neide, de Portugal.
A edição 2018 do Festival Sete Sóis Sete Luas é também marcada em Pombal pela presença de ERON, que executou um mural junto à estação de comboios da cidade. Eron é conisderado um dos street artists de referência na Europa, tendo sido premiado como melhor street artist italiano pela revista especializada “Revista AL”, no final dos anos 90, e que desde então continua a experimentar e a melhorar a sua técnica artística, com o objetivo de alcançar um resultado pictórico único.
Famoso a nível internacional pela sua pesquisa figurativa no campo da street art e da pintura contemporânea, Eron foi convidado a mostrar as suas obras em várias exposições individuais e coletivas em Nova Iorque, Cairo, Roma (nomeadamente no MACRO – Museu de Arte Contemporânea de Roma), na Bienal de Veneza, Colónia, Milão (PAC – Padiglione Arte Contemporânea), Trieste, Nigéria, Berlim, Suíça, Barcelona e Londres. Em 2010, foi o primeiro street artist a decorar uma igreja, em Rimini.
Em 2012, a revista MMOMA, revista oficial do Museu de Arte Moderna de Moscovo, escreveu um artigo exaustivo sobre Eron, pelo carácter original e a poética do seu estilo figurativo, que combina desenho e realidade, diluindo os seus limites. As obras que Eron cria nos muros urbanos abordam, muitas vezes, questões sociais, o que contrasta com as suas criações no seu estúdio, quando usa pintura em spray na tela, e onde a sua pesquisa figurativa ultrapassa a mera representação de um assunto.
Todas estas diferentes culturas musicais e instrumentais encontram-se num só espetáculo, partilhando tradições e gerando temas musicais inéditos, que testemunham a possibilidade de compreensão e colaboração, transmitindo as vibrações emocionantes dos países da Rede do Festival Sete Sóis Sete Luas.
O Festival Sete Sóis Sete Luas tem todos os ingredientes para atrair toda a família, desde os mais novos aos mais velhos, dos mais exigentes aos mais descontraídos. Uma programação rica e diversificada, que tem o selo de qualidade que a marca Sete Sóis Sete Luas já nos habituou.