30 Set Feira Nacional de Artesanato e Tasquinhas de Pombal atinge máximo de inscrições
A Feira Nacional de Artesanato e Tasquinhas de Pombal atingiu, na edição de 2019, o máximo de inscrições de expositores, num total de 215. Destes, foram selecionados 184, mais 6 que na edição anterior. Destaca-se também que 31 expositores participaram pela primeira vez no evento, mostrando que o mesmo se tem renovado e chegado a cada vez mais pessoas, sinal do reconhecimento como promotor do artesanato, da gastronomia local e da cultura popular.
Feira de referência a nível local, regional e nacional, a Feira Nacional de Artesanato e Tasquinhas de Pombal tem também dado um contributo significativo para o estímulo artesanato no concelho, permitindo que alguns negócios de artesãos pombalenses se consolidem, bem como o aparecimento de mais artesãos e unidades produtivas artesanais certificadas no concelho. A crescente importância do artesanato local levou à criação da Associação de Artesãos de Pombal, que apoia e promove o seu desenvolvimento.
A sessão de abertura foi presidida pela Diretora Regional de Cultura do Centro, Suzana Menezes, que destacou a importância da cultura popular como património das comunidades locais e da Humanidade.
Diogo Mateus destacou o esforço que tem sido feito para chegar a mais artesãos e a tipos de artesanato emergentes e inovadores, que fica patente no aumento de expositores e, principalmente, no número de expositores que participam pela primeira vez.
Nesta edição, foi testado pela primeira vez o sistema de contagem de entradas, que identificou 12.442 entradas. O sistema está ainda em fase experimental, contabilizando apenas as entradas principal e lateral, pelo que não foram contabilizadas as entradas pela área das tasquinhas. Estima-se, assim, que o total de visitantes tenha sido de aproximadamente 25.000.
Além do artesanato, o certame destacou-se também pela gastronomia, espelhando o dinamismo do associativismo local, responsável pelas 12 tasquinhas, de todo o concelho, que deram alma ao evento.
A edição deste ano ficou ainda marcada pelo destaque à filigrana, arte associada a festividades e que foi escolhida para tema principal do evento, no âmbito das Jornadas Europeias do Património 2019 “Arte Património Lazer”
Adereço de moda, frequentemente utilizado em grandes festividades, as peças de filigrana são parte integrante e enriquecedora dos “trajes de domingar”, tradicionais portugueses do Minho e do Douro Litoral.
Integrada no património da joalharia em Portugal, por representar temas variados da história, cultura e tradição portuguesa, nomeadamente o mar, a natureza, a religião e o amor, a filigrana constitui uma marca de um território e de distinção social.
O cartaz do evento teve por base uma peça de filigrana do artesão Carlos Ribeiro que possui uma mostra expositiva composta por fotografias que retratam o processo produtivo da filigrana em Portugal, algumas peças de filigrana, produzidas em fios de prata ou ouro delicadamente entrelaçados e soldados e diversos equipamentos e ferramentas usadas no fabrico desta arte, nomeadamente fieiras, banco de puxar o fio, pinças e prata. Ao longo do certame, esta mostra foi complementada por atividades de carater lúdico e pedagógico, nomeadamente oficinas artísticas, dinamizadas pelo Serviço Educativo do Museu de Arte Popular Portuguesa e pelo próprio artesão Carlos Ribeiro.