19 Jul Pombal aumenta taxa de cobertura de rede de saneamento para os 90%
Com a entrada em funcionamento do Emissário Carnide – Ilha – Louriçal, o concelho de Pombal passa a dispor de uma taxa de cobertura de rede de saneamento básico na ordem dos 90%. A infraestrutura foi colocada em atividade no passado domingo, 18 de julho, na Estação Elevatória de São João das Tábuas, na freguesia do Louriçal, com a presença do Presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Nuno Lacasta.
Trata-se de um dos maiores investimentos realizados pela Câmara Municipal, nos últimos anos, que apresenta “uma solução, do ponto de vista técnica, muito sofisticada”, segundo referiu o presidente da autarquia, enaltecendo, igualmente, a tecnologia instalada na Estação de Tratamento de Águas Residuais do Louriçal, que irá receber aquelas águas residuais e que dispõe, ainda, de uma “grande capacidade para explorar”.
Para Diogo Mateus, o Emissário Carnide – Ilha – Louriçal, resultado de um investimento muito próximo dos 3 milhões de euros, ao qual se junta 667 mil euros da estação elevatória, “apresenta-se como essencial para fazer a drenagem” das águas residuais de um território de várias freguesias que, “do ponto de vista habitacional, pode representar um terço do concelho de Pombal”.
O investimento permitiu “eliminar algumas soluções que não funcionavam adequadamente”, contribuindo para uma “melhor eficiência” no serviço prestado aos residentes, explicou.
O autarca aproveitou a ocasião para destacar os vários investimentos realizados na área do saneamento básico, nos últimos oito anos, que ultrapassam os 18 milhões de euros, com apenas cerca de 3 milhões de euros de financiamento comunitário. “Quando olhamos para o conjunto de intervenções, percebemos que o Município de Pombal se quis empenhar fortemente em fazer investimentos robustos na sua linha de infraestruturas de saneamento básico”, vincou.
Desde janeiro deste ano, de entre outras, o Município iniciou a construção da rede de saneamento de Assanha da Paz, Barros da Paz e zona envolvente (2,1 milhões de euros); do lugar do Casal da Rola (845 mil euros); dos lugares da Foz, Vale das Moitas, Carriços, Bonitos e São João da Ribeira (2 milhões de euros); de Ilha de Cima, Moitas Brancas, Ilha de Baixo, Rosados e Silvas (774 mil euros). Investimentos realizados com fundos próprios, com recurso a empréstimo bancário.
Em fase de concurso encontra-se, ainda, a construção da rede de saneamento na freguesia da Redinha, que contribuirá para a despoluição total do Rio Anços, com um custo estimado em 1,5 milhões de euros.
Diogo Mateus destacou, também, os trabalhos, em fase de conclusão, de construção de redes e estações elevatórias de Alhais, Silveirinha Grande, Silveirinha Pequena, Vieirinhos e Claras, num valor global superior a 3,2 milhões de euros.
Uma intervenção que permitirá encaminhar as águas residuais para tratamento no concelho da Figueira da Foz, no âmbito de uma cooperação entre as duas autarquias.
Uma articulação que Diogo Mateus e o seu congénere figueirense pretendem que seja repetida para outras zonas de fronteira entre os dois concelhos, tanto ao nível de saneamento básico como de abastecimento público de água.
Carlos Monteiro enalteceu aquela parceria: “felizmente que tem havido uma boa articulação. Temos trabalhado para todos, para que todos terem melhor ambiente com mínimo de custos e melhor eficiência”, disse.
Pombal, 19 de julho de 2021