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Floresta

Floresta

A floresta é um espaço natural composto por um conjunto de seres vivos dinâmicos que interagem entre si estabelecendo complexas relações. Tradicionalmente considerada apenas como um conjunto de árvores, a floresta forma um ecossistema com grande diversidade e riqueza.

O equilíbrio ecológico do nosso planeta depende, entre outros, do estado de conservação das florestas existentes. Os ecossistemas florestais apresentam funções ambientais de extrema importância, nomeadamente:

 

    • proteção do solo contra a erosão;
    • beleza paisagística;
    • regularização do regime hídrico;
    • fixação de carbono da atmosfera;
    • produção de oxigénio essencial à vida no planeta;
    • suporte de uma elevada diversidade biológica.

 

Desde os alimentos até às plantas com propriedades terapêuticas, a floresta sempre foi fonte de vários recursos para o Homem. Muitos recursos constituem matérias-primas (madeira, pasta de papel, cortiça, biomassa para valorização energética, etc.) fundamentais para a existência de diversas indústrias que garantem emprego a milhares de pessoas. A floresta proporciona também um espaço de lazer e de repouso para todos.

A Floresta Portuguesa tem vindo a sofrer alterações ao longo dos tempos, inicialmente de forma natural acompanhando as alterações climáticas e, posteriormente, com a intervenção do Homem.

 

Nos últimos milénios o aumento da população levou à expansão da área utilizada para a agricultura e pastagens, à custa da destruição de algumas florestas autóctones, sobretudo carvalhais, sobreirais e azinhais. Posteriormente, na época dos descobrimentos com a construção das caravelas e naus, foram cortados centenas de milhares de carvalhos, tendo a partir desta época começado a expansão do pinhal no interior do território, o que durou até meados do século XX, com a florestação das serras e baldios.

 

A partir dos anos 70 do século passado, fizeram-se sentir as consequências do êxodo rural e emigração que desertificaram parte do interior do país, conduzindo ao progressivo abandono das atividades no espaço rural e ao absentismo dos proprietários florestais que deixaram de gerir as suas matas, contribuindo para o aumento do risco de incêndio. Nessa época, a expansão das monoculturas de eucalipto marcaram a alteração da floresta portuguesa, à custa da conversão do pinhal e de áreas de montado de sobro.

 

Entre as situações de risco de incêndio mais frequentes podem apontar-se a falta de cumprimento das regras de ordenamento do território e da proteção civil, o uso de fogo para a realização de queimadas, fogueiras e queima de sobrantes, foguetes e fogo de artifício, fumar e abandono de resíduos na floresta.

 

As espécies autóctones (carvalhos, azevinhos, medronheiros, etc.) estão mais adaptadas às condições do meio, necessitando de menos água e manutenção, e estão menos sujeitas ao risco de incêndio, pelo que a utilização destas espécies nos espaços verdes é uma mais valia do ponto de vista económico e ambiental.

Dia da Floresta Autóctone – 23 de novembro


O Dia da Floresta Autóctone foi estabelecido para promover a importância da conservação das florestas naturais.

Atendendo à necessidade de preservar e de valorizar o património natural, o Município de Pombal comemora o Dia da Floresta Autóctone, em colaboração com as escolas do Concelho, inscritas no Programa Eco-Escolas. Pretende-se com esta iniciativa:

 

    • Enriquecer os espaços verdes do Concelho com espécies de árvores e arbustos autóctones;
    • Alertar para os perigos da vegetação exótica invasora;
    • Erradicar a Acácia-mimosa, por se tratar de uma espécie frequente nos espaços exteriores dos recintos escolares ou nas suas proximidades;
    • Sensibilizar a população educativa para a importância desta temática.

A participação e colaboração de todos são fundamentais para que a nossa floresta autóctone esteja cada vez mais protegida. Todos nós podemos dar o nosso contributo e fazer a diferença na sua defesa e propagação.

Exemplos de Espécies da Flora Autóctone de Portugal

 

Floresta Mediterrânica e Atlântica

 

    • Alecrim (Rosmarinus officinalis)
    • Aveleira (Corylus avellana)
    • Azevinho (Ilex aquifolium)
    • Azinheira (Quercus rotundifolia)
    • Carvalho-alvarinho (Quercus robur)
    • Carvalho-negral (Quercus pyrenaica)
    • Carvalho-português (Quercus faginea)
    • Cerejeira-brava (Prunus avium)
    • Gilbardeira (Ruscus aculeatus)
    • Loureiro (Laurus nobilis)
    • Madressilva (Lonicera sp.)
    • Medronheiro (Arbutus unedo)
    • Murta (Myrtus communis)
    • Oliveira (Olea europaea var. europaea)
    • Pilriteiro (Crataegus monogyna)
    • Sobreiro (Quercus suber)
    • Sabugueiro (Sanbucus nigra)
    • Urze branca (Erica arborea)
    • Zambujeiro (Olea europaea var. sylvestris)

 

Espécies Ripícolas – Associadas a cursos de água

 

    • Amieiro (Alnus glutinosa)
    • Amieiro negro (Frangula alnus)
    • Borrazeira-negra (Salix atrocinerea)
    • Choupo-negro (Populus nigra)
    • Freixo (Fraxinus angustifolia)
    • Salgueiro-branco (Salix alba)
    • Ulmeiro (Ulmus mino

 

Exemplos de Espécies Exóticas Invasoras

 

    • Acácia-da-austrália (Acacia melanoxylon)
    • Acácia-de-espigas (Acacia longifolia)
    • Acácia-mimosa (Acacia dealbata)
    • Azedas (Oxalis pes-caprae)
    • Bons-dias (Ipomoea acuminata)
    • Cana (Arundo donax)
    • Chorão-da-praia (Carpobrotus edulis)
    • Erva-da-fortuna (Trandescantia fluminensis)
    • Espanta-lobos (Ailanthus altissima)
    • Háquea-picante (Hakea sericea)
    • Jacinto-de-água (Eichhornia crassipes)
    • Penachos (Cortaderia selloana)
    • Robínia (Robinia pseudoacacia)